Exantema súbito


Bia com o rostinho cheio de bolinhas!!



Há alguns dias atrás,Beatriz me deixou apavorada......

Febre de quase 40°....e no outro dia...corpo todo pintadinho!!!Pensei:será que é rubéola?Catapora?Sarampo?Ai meu Deus......

Corpo todo empipocado.....mas num pique total!!!Toda animada....mas nem foi a escola.Levei ao médico...e o diagnóstico:

-É uma virose....mas essa tem nome,chama-se exantema súbito ou roséola!


Algumas informações:

O QUE É EXANTEMA? É uma mancha cutânea de fundo vascular e de causa infecciosa, alérgica, tóxica ou física, podendo se manifestar de várias formas: mácula (mancha plana), pápula (mancha com elevação), vesícula (com conteúdo líquido, como na catapora), pústula (quando há infecção bacteriana associada), crosta (como nas “perebas” dos meninos) e sufusões hemorrágicas (como ocorre nas meningococcemias).

PORQUE EXANTEMA SÚBITO?Porque as manchas na pele surgem subitamente após um período febril variável (de 24 horas de duração até 3 a 5 dias), coincidente com o desaparecimento da febre.

EXISTEM OUTROS NOMES PARA O EXANTEMA SÚBITO?Também é chamada de Roséola infantum, sexta moléstia, pseudo-rubéola , exantema criticum, ou febre dos três dias.

O QUE É A DOENÇA?Foi descrita pela primeira vez, de modo mais completo, em 1910, nos EUA. Trata-se de uma doença infectocontagiosa aguda, comum em lactentes (de 6 meses a 3 anos), caracterizada por febre alta de três a cinco dias de duração, que desaparece subitamente, seguida pelo surgimento imediato de uma erupção macular ou maculo-papular, com duração de um a dois dias.O termo Exantema Súbito foi proposto na literatura médica em 1921 para salientar o aparecimento repentino e inesperado do exantema já na fase de regressão da doença, tão logo a febre desapareça.

QUAL A CAUSA DO EXANTEMA SÚBITO? Em 1988 foi isolado o herpesvírus-6 humano (HHV-6) como agente causal da doença. Em 1994 foi isolado um outro vírus relacionado com o exantema súbito, que recebeu o nome de HHV-7 (hepesvírus-7 humano), podendo ser o responsável por um segundo episódio de exantema súbito na mesma criança, após infecção anterior pelo HHV-6.

COMO A DOENÇA É TRANSMITIDA?O ser humano é o único hospedeiro natural do HHV-6 e HHV-7. A fonte de infecção mais provável é através de secreções orais, uma vez que o vírus tem sido detectado na saliva de uma proporção significante de adultos saudáveis. Não há relatos de contato através de transfusão sanguínea. O leite materno não constitui fonte importante de infecção. Nenhuma síndrome de infecção congênita foi ainda descrita.Os recém-nascidos apresentam, quase uniformemente, anticorpos maternos específicos, os quais declinam no primeiro ano de vida, coincidindo com a época de maior incidência da doença, qual seja, de 6 a 12 meses de idade. Estima-se que o período de incubação (aquele no qual o organismo está com o vírus sem ainda manifestar a doença) é de cerca de 9 a 10 dias.

COMO A DOENÇA SE MANIFESTA?A infecção pelo HHV-6 constitui uma das principais causas de doença febril aguda entre crianças menores de três anos de idade. As manifestações clínicas incluem: 1) infecção inaparente; 2) quadros febris agudos sem erupções cutâneas ou sinais de localização; 3) quadros febris agudos acompanhados de aumento de tamanho dos gânglios cervicais, sintomas gastrointestinais ou respiratórios, e inflamação das membranas timpânicas; 4) erupções cutâneas sem febre; 5) quadros típicos de exantema súbito com febre, em aproximadamente 20%.

COMO EVOLUI A FEBRE?A temperatura máxima observada oscila de 39,4 mais ou menos 0,7 a qual persiste por 4,1 mais ou menos 1,2 dias. A febre geralmente é mais elevada do que outras doenças febris agudas. Porém, apesar da febre alta, o estado geral da criança está preservado, mantendo-se ativa e alerta, observando-se inquietude e irritabilidade nos momentos de picos febris. A duração da febre é de três a cinco dias, raramente podendo persistir até nove dias. A temperatura retorna ao normal rapidamente após surgir o exantema, ou lentamente após o surgimento do mesmo, durante período de 24 a 36 horas.

DIAGNÓSTICOEm nosso meio o diagnóstico é essencialmente clínico, sendo realizado , na maioria das vezes, somente nos casos clássicos descritos. Há muitas crianças com febre sem sinais de localização, sem exantemas, cujo diagnóstico não é realizado. Os testes laboratoriais são inespecíficos. As técnicas especializadas para isolamento do vírus são disponíveis somente em poucos laboratórios de pesquisa.

TRATAMENTOA grande maioria dos casos evolui sem complicações, necessitando somente tratamento de suporte, uso de antitérmico, e condutas adequadas orientadas pelo pediatra em casos de convulsões febris. A terapia antivirótica pode ser considerada nos casos severos, nos casos de encefalite, especialmente nos pacientes imunodeprimidos.


Fonte: Infectologia Pediátrica – Calil Kairalla Farhat e outros. ATHENEU – terceira edição.Clínica Infanto-Juvenil Pró-Crescer : Do feto à adolescência

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